terça-feira, 11 de agosto de 2015

OS LIMITES DO ABSURDO EXISTENCIAL DE ALBERT CAMUS



 O absurdo é caracterizado pela falta de sentido. Ele se define como algo carente de coerência. O homem sempre desejou uma reposta coerente para sua existência, sempre aspirou por uma felicidade, por uma resposta coerente para sua ânsia de eternidade. Por isso o absurdo não aparece como uma resposta satisfatória para ele. Isso foi demonstrado e sustentado por muitos filósofos. Porém, grande parte dos filósofos contemporâneos têm negado a transcendência, surgindo, dessa forma, uma nova forma de refletir sobre os dramas da existência humana. Entre os expoentes dessa reflexão está o filósofo francês Albert Camus (1913-1960), que propõe uma filosofia do absurdo, que se apresenta com muitas contradições. 


 Antes de discorrermos sobre o pensamento de Camus, é bom recordar que os filósofos antigos compreendiam que toda ação humana tende a um fim, da felicidade. O homem sempre age em função de um sentido e com uma intenção. Suas escolhas tendem a plenitude. Este desejo de tornar-se pleno, completo, está inscrito na natureza humana. A partir disso, Aristóteles (384-322 a.C.), seguindo essa perspectiva, sustenta que somos verdadeiramente humanos alcançando o bem de nosso ser à medida que escolhemos aquilo que realiza nossa natureza. Essa realização é o que ele entende por felicidade, perfeição. 


A este pensamento aristotélico sobre o homem podemos acrescentar um outro, de Agostinho de Hipona (354-430 d.C.), que afirma existir no homem um desejo de felicidade, de ser pleno. Este experimenta sua finitude e naturalmente tende ao infinito. Busca completar o seu ser, pois sente-se incompleto. Ele procura a posse de um bem que preencha a carência de sentido que há em sua existência. O pensamento agostiniano também afirma que o homem não pode desejar o que não existe: se em seu ser há um desejo natural de felicidade então há um objeto que corresponda a esse desejo. 


 Essa felicidade é algo que transcende o próprio homem e está para além daquilo que é perecível e material, pois o homem deseja algo imutável: uma felicidade eterna e plena. Se esse mundo finito, perecível, não responde a está realidade infinita que o homem deseja, então ele precisa transcender, precisa ir além de si mesmo e dessa existência. Isto é possível graças a razão que torna o homem apto a abertura com outra realidade que não é si mesmo. Só um sentido infinito eterno e imutável pode dar sentido ao homem. As suas ações são verdadeiramente humanas à medida que se voltam, que tendem para a realização e para a posse dessa felicidade infinita. 


No século XX vários fatores, principalmente as duas grandes guerras mundiais, levaram o homem à um drama existencial ainda não percebido em nenhum momento da história. Esse novo momento está marcado pela negação da realidade transcendente. Entre os expoentes desse pensamento está o filósofo francês Albert Camus. Ele viveu no contexto das duas guerras mundiais e sentiu os efeitos destas, principalmente em sua família. Esta era pobre e Camus só estudou graças a um de seus professores que se admirou da inteligência do jovem estudante e fez de tudo para que não abandonasse os estudos diante das dificuldades, principalmente financeiros.


Camus se dedicou ao teatro e a literatura, mas teve como fundamento a filosofia existencialista de cunho pessimista e ateia. Em seu ensaio “O Mito de Sísifo” (1942), ele expõe sua teoria segundo a qual o homem nunca terá seu desejo de felicidade realizado, porque sua ânsia por eternidade não tem um objeto, não tem sentido. O Homem deseja um sentido racional, mas o mundo só responde irracionalmente. Ele sustenta esse pensamento a partir de dois princípios: primeiro, a incoerência científica e segundo a negação de um Ser Eterno, Deus, que responda ao sentido de eternidade no homem.


A ciência, principalmente com o Iluminismo, fez muitas promessas de felicidade ao homem, mas com o tempo ela mostrou-se incerta e impotente para dar essas respostas fundamentais, porque as teorias cientificas mudam constantemente suas hipóteses, as vezes até se contradizem. Além disso, os cientistas não chegam a um consenso. Logo, ela não é digna de dar uma resposta ao desejo de racionalidade, de felicidade que o ser racional anseia. O homem moderno se frustrou com sua divinização da razão. O iluminismo dava esperança de felicidade, mas o que fez foi gerar no indivíduo um drama existencial. Ao se entregar a razão científica o ser humano perdeu o sentido da transcendência.  


O segundo princípio do pensamento de Camus parte do existencialismo ateu, cujo expoente para ele é Nietzsche, filosofo admirado pelo escritor francês. Mas em sua obra “A Peste” (1947), mostra que seu maior argumento contra a existência de uma Verdade e de um Ser transcendente é o sofrimento humano: como Deus pode permitir tanto sofrimento? O Ser Divino parece ser “indiferente” ante a degradação da humanidade. Portanto, se não há Deus, para ele também não há eternidade. No fundo, ao lermos as principais obras de Camus, antes de uma negação da divindade o que vemos é uma revolta contra um Deus que o cristianismo o apresentou como sendo “amor”.


A partir desses dois princípios, falta de sentido imanente (ceticismo ante a ciência) e transcendente (negação da eternidade), Camus afirma o absurdo da existência: não há sentido para a vida, por isso o absurdo e a revolta estão inscritos no ser do homem. Este, para o filósofo francês, é verdadeiramente homem à proporção que vive o absurdo existencial, sem um sentido e sem uma esperança fundamental. Assim ele é coerente consigo mesmo. Este homem, é designado em “O Mito de Sisifo” como “o homem honesto”. Se a verdade eterna e racional que a natureza humana busca não existe, então seu drama é apaziguado pela aceitação do absurdo. Não há transcendência, mas apenas a fatalidade da vida.


 A partir disso, Camus chama de “suicidas filosóficos” os filósofos que pensaram a existência em seu drama existencial e que deram um sentido transcendente a vida a fim de sustentar o seu desejo de felicidade ante essa situação paradoxal. Entre esses pensadores está Kierkegaard (criticado em “O Mito de Sísifo”). Estes filósofos, para ele, não foram coerentes consigo mesmos, com sua razão. O que fizeram foi dá um salto, porque não há sentido deduzir a existência de um sentido eterno a partir do desejo e do drama existencial. O homem ao se deparar com o absurdo deve se entregar a ele, lutar para manter-se nele e não fugir.


Mas, é interessante e contraditório, embora Camus pregue o absurdismo, ele é contra o suicídio. Se não há esperança, nem transcendência, nem sentido eterno então cabe ao homem esgotar a existência, aproveitar tudo o que a vida oferece, por isso não pode suicidar. Além do mais o suicídio seria uma fuga do absurdo, daquilo que ele afirma como verdadeiramente humano. O homem deve aproveitar da liberdade e viver todas as experiências para poder esgotar o que a vida lhe dá enquanto não chega a fatalidade da morte. A liberdade é guiada pelo absurdo, não tem um sentido, apenas deseja experimentar e usufruir de todo prazer possível (o donjuantismo).  


Podemos destacar quatro falhas no pensamento de Camus. A primeira e maior contradição é que ao afirmar que não há sentido para a existência, ele sustenta de forma implícita o absurdo como sendo um sentido para a falta de sentido. O homem ao encontrar o absurdo deve manter-se nele, buscar tudo para sustenta-lo e afirma-lo. O absurdo passa a ser o fim e a norma da vida humana. Toda as ações humanas são em vista desse fim. 


 Segunda incoerência, a história nos apesenta homens e mulheres que viveram na certeza de que há um sentido para a existência e suas vidas tornaram-se modelos de humanidade. Entre esses podemos destacar Jesus de Nazaré, tão admirado pelo pensador francês. 


 Terceiro, os filósofos que refletiram sobre o homem e que ao se depararem com o drama existencial deram um sentido para que suas vidas não caíssem no absurdo, eles não deram um salto, não foram incoerentes consigo mesmo, mas pelo contrário, estes foram mais coerentes com sua própria razão porque souberam ao se depararem com o absurdo encontrar um sentido, nota fundamental do seu ser. Eles não forçam a razão, mas encontram a partir de uma equação de fatores a conclusão do raciocínio, o objeto ao qual tende a racionalidade: um sentido. O absurdo, a falta de esperança, desumaniza o homem, tira deste sua força de realização, de construir um futuro, que tem como nota fundamental o esperar por algo melhor e duradouro. Esses filósofos da existência afirmaram a beleza da vida humana mesmo em seus momentos de fragilidade e de desespero. 


Quarta incoerência, Camus, na mesma linha de Sartre, que foi por um tempo seu amigo, afirma a pura liberdade humana e nega a existência de Deus para que essa liberdade seja plenamente vivida e real. Então a acusação de que Deus é indiferente ao sofrimento humano, no sentido de não interferir, é derrubada. O homem é livre e deve assumir a suas responsabilidades. Deus respeita a liberdade do homem. Mas, em meio a isso não podemos deixar de recordar os sofrimento dos inocentes, que sempre foi e será um escândalo que marcar a história da humanidade. Mas os homens de sentido, o homem honesto com sua razão e com sua natureza, sempre foi capaz de olhar para esse sofrimento não como um fim, ou como uma realidade perpétua, seu olhar é de esperança, o seu sentido está para além dessa realidade de dor. Esses, mais uma vez, foram na história lembrados como exemplos de humanidade. Estamos longe de encontrar uma resposta para esse sofrimento, mas uma coisa é certa: a ausência de uma explicação para ele não pode nos levar a concluir a falta de um sentido que transcenda, que responda ao desejo de felicidade inscrito no ser humano. 


 A esperança, diferentemente do que pensa o filósofo do absurdo, não é um mal para o homem, mas uma força que sustenta a existência, principalmente diante da dor. O sentido tem como nota principal a espera por uma outra vida. O próprio Camus em sua obra “O Estrangeiro” (1942) afirma essa espera como sendo natural ao homem, mas nega que ela tenha uma realização. A esperança nasce do sentido. O homem que Camus sustenta é um homem frio, vazio, um homem sem um “princípio vital”. O absurdo é irracional, não é humano. Cabe-nos olhar para nossas experiências cotidianas, olhar para o fenômeno que é a existência humana em toda sua complexidade e nos perguntarmos o que é mais humano: o absurdo ou a existência de um sentido? Sabemos que a resposta para os dramas da existência não pode ser simplesmente afirmar o absurdo, isso é uma escolha desonesta e covarde do homem ante sua natureza racional. 


 Se a ciência moderna desacreditou a humanidade isso mostra que ela não pode ser a resposta que ele anseia. No entanto, o homem contemporâneo não pode se acovardar, deve buscar o sentido. Ele deseja o Infinito, a felicidade, a eternidade, isso é fundamental em seu ser. Essa felicidade não é absurda, não é inexistente. Muitos homens pelo auxílio da razão encontraram e encontram seus sinais inscritos em seu próprio ser. Isso os levou e tem levado a procurar e a manter o sentido, a esperança que os torna verdadeiramente humanos: a felicidade para as quais tendem suas escolhas fundamentais. 


Manoel Messias Dias Santos
2º ano de Teologia  
Diocese de Estância-SE


quarta-feira, 30 de março de 2011

"Esmagai a infâmia": Esmagai as Comunicações sensacionalistas.

O grande idealizador desta expressão, François-Marie Arouet, ou como ele mesmo se autodenomina de Voltaire, a utilizava bastante ao assinalar suas inúmeras correspondências. “Esmagai a infâmia!” É o fundamento implacável do pensamento de Voltaire, precursor e grande figura da filosofia das luzes, contra todo tipo de superstição, tradições sem alicerces racionais e principalmente da ignorância que levam as pessoas a atitudes irracionais.

No atual século, as novas maneiras de comunicar abrem inúmeras possibilidades de relação, ao mesmo tempo conseguem influenciar a formação de valores e comportamentos na sociedade. Como sabemos, entre essas várias maneiras de se comunicar, há aquelas que objetivam exclusivamente o capital, tendo como instrumento a alienação do homem e até mesmo abolindo valores éticos e racionais. Esses instrumentos são chamados de Meios de Comunicação de Massa.

“Esmagai a infâmia!” Voltaire conduz sua linha de pensamento a partir daí. Antigamente o alvo em foco eram as instituições religiosas, políticas e ideológicas da sociedade. Hoje em dia, se ele estivesse vivo, com certeza o seu principal alvo seria a Comunicação de Massa, esta que dita ideologicamente a maneira de pensar e vê o mundo da grande maioria da população.

Esse Meio detém artifícios cruéis e violentos contra o saber e a racionalidade, principalmente pelos seus conteúdos abjetos que são transmitidos por seus programas ignóbeis (BBBs, Fazendas, No Limite, Geraldo Brasil, Faustão, Programa da Márcia, etc.) que não aumentam em nada o crescimento moral do homem (pois neles prometem mais o ter do que o ser, transmutando valores) muito menos o progresso intelectual-educacional, onde as pessoas preferem saber quantos filhos o “casal Huck” possuem que a importância e as conseqüências do aquecimento global mundial.

É isto. “Esmagai a infâmia!” A infâmia moderna contamina a existência com mediocridades e conhecimentos deturpados e, por isso devem ser exterminados. Entretanto, o nosso iluminista propõe uma solução: a abolição completa deste “Meio de deturpação da sociedade” e o acesso ao conhecimento verdadeiro, dada pela educação e permeada da razão.

Arouet sugere também a leitura como a “carta de auforria” da irracionalidade e da ignorância. Por esse instrumento, as pessoas destroem o fanatismo sensacionalista possibilitando assim a felicidade verdadeira. Observando nesta perspectiva, o desenvolvimento progressivo da razão poderá abrir a inteligência humana e ver o mundo com veracidade e não pintado por terceiros. Devemos combater “fogo com fogo”: os Meios de Comunicação utilizam os conhecimentos racionais para alienar o povo com o fim de obter capital, então é preciso aproveitar a capacidade racional que o homem possui e canalizar para o bem coletivo.

É preciso esmagar toda a infâmia que impede o ser humano de viver dependente de qualquer esfera midiática. O homem nasceu para utilizar a sua razão, nasceu para pensar e usufruir de todos os elementos dados por ela. Certamente, com a utilização de sua capacidade, poderá viver num mundo melhor, sem alienação e sem fanatismo. “Esmagai a infâmia!”

Por Alan de Jesus Andrade Valença

domingo, 20 de setembro de 2009

O HOMEM UM SER RACIONAL E SOCIAL

O homem é um ser racional, pois é esse princípio que o diferencia dos outros animais, ou como afirmava Aristóteles, ’’um animal político. ’’ Logo a razão é o que move o ser humano, todas as atitudes, vida cotidiana, problemas e etc. Tudo estar em volta da razão humana, à vida do homem em sociedade é medida na razão. A razão é a idéia de distinção de certo e errado, consciência humana.
A razão nos auxilia no descobrimento das coisas, no conhecimento (saber), pois nos conduz a várias façanhas em sociedade, criar, destruir, a razão nos leva a ambas as coisas. O homem como ser racional é dotado de defeitos, qualidades, onde são gerados através da consciência (razão). Logo á razão é quem conduz o homem em sociedade, a razão não determina nem condiciona a sociedade (como julga Hegel), mais é determinada e condicionada pela sociedade e suas mudanças. Desde deus primórdios, a filosofia considera que a razão opera seguindo certos princípios que ela própria estabelece e que estão em concordância com a própria realidade, mesmo quando os empregamos sem conhecê-los explicitamente. O conhecimento racional obedece a certas regras ou leis fundamentais que respeitamos até mesmo quando não conhecemos diretamente quais são e o que são. Nós as respeitamos por que somos seres racionais e por que são princípios que garantem que a realidade é racional. Alguns filósofos afirmam que tudo que é percebido, tocado é racional, por exemplo: o homem é um Ser racional, logo existe, um livro é racional, pois vemos e tocamos tal, a matemática definiu o triângulo determinando sua identidade como figura de três lados e de três ângulos internos cuja soma é igual á soma de dois ângulos retos, nenhuma outra figura a não ser essa poderá ser chamada de triangulo, esse exemplo é um principio racional da identidade, logo pertinente para o homem que também assume uma identidade em sociedade, ele afirma que uma coisa, seja ela qual for tem sua identidade nas suas condições, racionais.
O homem cria tudo aparti de sua consciência (razão), a ciência, tecnologia e até mesmo a religião é fruto da razão humana, o ser humano é um ser criador, não divino como Deus, mais criador das” coisas”.
Luiz Fernando
2ª de Filosofia

sábado, 19 de setembro de 2009

Karl Marx e o Capitalismo

Filósofo e economista, o judeu-alemão, Karl Marx foi um dos maiores pensadores do século XIX. Marx tinha uma visão otimista dos destinos da humanidade, acreditando ser possível que na batalha final, os operários venceriam os capitalistas por serem maioria na sociedade.Em 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: O Capital. Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).O Capital foi a suprema conquista de Marx, o centro da obra de sua vida. Seu objeto era, como Marx colocou no Prefácio ao Volume I, "revelar a lei econômica do movimento da sociedade moderna". Pensadores econômicos anteriores haviam captado um ou outro aspecto do funcionamento do capitalismo. Marx procurou entendê-lo como um todo. Coerente com o método de análise e concepção de história, Marx analisou o capitalismo não como o fim da história, como a forma de sociedade correspondente à natureza humana, mas como um modo de produção historicamente transitório cujas contradições internas o levariam à queda.O Marxismo é o conjunto de idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores. Interpreta a vida social conforme a dinâmica da luta de classes e prevê a transformação das sociedades de acordo com as leis do desenvolvimento histórico de seu sistema produtivo.Fruto de décadas de colaboração entre Karl Marx e Friedrich Engels, o marxismo influenciou os mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde a política e a prática sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e econômicos. Tornou-se base para as doutrinas oficiais utilizadas nos países socialistas, segundo os autores dessas doutrinas.No entanto, o marxismo ultrapassou as idéias dos seus precursores, tornando-se uma corrente político-teórica que abrange uma ampla gama de pensadores e militantes, nem sempre coincidentes e assumindo posições teóricas e políticas às vezes antagônicas, tornando-se necessário observar as diversas definições de marxismo e suas diversas tendências, especialmente a social-democracia, o bolchevismo e o comunismo de conselhosPara Marx, a base de cada sociedade humana é o processo de trabalho, seres humanos cooperando entre si para fazer uso das forças da natureza e, portanto, para satisfazer suas necessidades. O produto do trabalho deve, antes de tudo, responder a algumas necessidades humanas. Deve, em outras palavras, ser útil. Marx chama-o valor de uso. Seu valor se assenta primeiro e principalmente em ser útil para alguém. A necessidade satisfeita por um valor de uso não precisa ser uma necessidade física. Um livro é um valor de uso, porque pessoas necessitam ler. Igualmente, as necessidades que os valores de uso satisfazem podem ser para alcançar propósitos vis. O fuzil de um assassino ou o cassetete de um policial é um valor de uso tanto quanto uma lata de ervilhas ou o bisturi de um cirurgião. Sob o capitalismo, todavia, os produtos do trabalho tomam a forma de mercadorias. Uma mercadoria, como assinala Adam Smith, não tem simplesmente um valor de uso. Mercadorias são feitas, não para serem consumidas diretamente, mas para serem vendidas no mercado. São produzidas para serem trocadas. Desse modo cada mercadoria tem um valor de troca, "a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de um outro tipo". Assim, o valor de troca de uma camisa poderá ser uma centena de lata de ervilhas. Valores de uso e valores de troca são muito diferentes uns dos outros. Para tomar um exemplo de Adam Smith, o ar é algo de um valor de uso quase infinito aos seres humanos, já que sem ele nós morreríamos, mas que não possui um valor de troca. Os diamantes, por outro lado, são de muito pouca utilidade, mas tem um valor de troca muito elevado. Mais ainda, um valor de uso tem que satisfazer algumas necessidades humanas específicas. Se você tem fome, um livro não poderá satisfazê-lo. Em contraste, o valor de troca de uma mercadoria é simplesmente o montante pelo qual será trocado por outras mercadorias. Os valores de troca refletem mais o que as mercadorias têm em comum entre si, do que suas qualidades específicas. Um pão pode ser trocado por um abridor de latas, seja diretamente ou por meio de dinheiro, mesmo que suas utilidades sejam muito diferentes. O que é isso que eles têm em comum, que permite a ocorrência dessa troca? A resposta de Marx é que todas as mercadorias tem um valor, do qual o valor de troca é simplesmente o seu reflexo. Esse valor representa o custo de produção de uma mercadoria à sociedade. Pelo fato de que a força de trabalho é a força motriz da produção, esse custo só pode ser medido pela quantidade de trabalho que foi devotada à mercadoria. Mas por trabalho Marx não se refere ao tipo particular de trabalho envolvido em, digamos, assar um pão ou manufaturar um abridor de latas. Esse trabalho real, concreto, como disse Marx, é variado e complexo demais para nos fornecer a medida de valor que necessitamos. Para encontrar essa medida nós devemos abstrair o trabalho de sua forma concreta. Marx escreve: "Portanto, um valor de uso ou um bem possui valor, apenas, porque nele está objetivado ou materializado trabalho humano abstrato". Marx não estava interessado especificamente em preços de mercado. Sua meta era entender o capitalismo como uma forma de sociedade historicamente específica, descobrir o que faz o capitalismo diferente das formas anteriores de sociedade, e que contradições levariam à sua futura transformação. Marx não queria saber em que medida o trabalho formava o valor de troca das mercadorias, mas em que forma o trabalho realizava essa função e porque sob o capitalismo a produção era de mercadorias para o mercado e não de produtos para uso direto como nas sociedades anteriores. O que faz o valor de uma mercadoria? Eis uma pergunta que instigou os economistas da Escola Clássica e que levou Marx a desenvolver o conceito da “mais-valia”, que é descrita por Paul Singer no excerto abaixo:“Marx repensa o problema nos seguintes termos: cada capitalista divide seu capital em duas partes, uma para adquirir insumos (máquinas, matérias-primas) e outra para comprar força de trabalho; a primeira, chamada capital constante, somente transfere o seu valor ao produto final; a segunda, chamada capital variável, ao utilizar o trabalho dos assalariados, adiciona um valor novo ao produto final. É este valor adicionado, que é maior que o capital variável (daí o nome "variável": ele se expande no processo de produção), que é repartido entre capitalista e trabalhador. O capitalista entrega ao trabalhador uma parte do valor que este último produziu, sob forma de salário, e se apropria do restante sob a forma de mais-valia”.Na verdade, o trabalhador produz mais do que foi calculado, ou seja, a força de trabalho cria um valor superior ao estipulado inicialmente. Esse trabalho excedente não é pago ao trabalhador e serve para aumentar cada vez mais o capital. Insere-se neste ponto a questão da alienação - o produtor não se reconhece no que produz; o produto surge como um poder separado do produtor. O produto surge então como algo separado, como uma realidade soberana – o fetichismo da mercadoria. Mas o que faz com que o homem não perceba? A resposta, de acordo com Marx, está na ideologia dominante, que procura sempre retardar e disfarçar as contradições politicamente. Portanto, a luta de classes só pode ter como objetivo a supressão dessa extorsão e a instituição de uma sociedade na qual os produtores seriam senhores de sua produção.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A sociedade em que vivemos é carente de esclarecimento

O mundo hoje esta oferecendo vários caminhos a ser seguido, mas caminhos esses que trazem felicidade passageira, um preenchimento que tende a fadar-se, o que podemos observar é que a nossa sociedade precisa urgentemente de esclarecimentos, tanto no campo da ciência como também no campo religioso.
O que esta crescendo em nosso mundo moderno é a diversidade de Igrejas que trazem cada uma o seu fundamento, pare de sofrer, entre outros mas as pessoas ficam alienadas a essas Igrejas de massa porque não tem um esclarecimento e fundamento solido na sua fé, com isso vão se acomodando e esperando que o sofrimento acabe, mas é tudo ao contrario pois sabemos muito bem que isso é só fanatismo, ou seja, um tipo de lavagem cerebral.
Mais ai é que se encontra o sentido de sermos cristãos católicos de fazer algo para que essas pessoas saiam dessa alienação, elas também tem participação na missão salvífica da Igreja. Temos o dever de passar para o povo a verdadeira fé cristã que foi instituída pelo próprio Jesus cristo, “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” MT.16,18
“A Igreja não descansa enquanto não tiver feito o melhor para proclamar a Boa Nova de Jesus Salvador”(Evangelii nuntiandi , 53)
Por isso devemos buscar os meios para mostrar ao povo uma fé viva e esses meios são o testemunho de vida pois “o homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”. É pelo se comportamento, pela sua doação de vida que a Igreja há de evangelizar este mundo, ou seja, mostrando o seu testemunho de vida.
Também entre outros meios temos o contato pessoal que é indispensável, porque o povo hoje sente essa necessidade de dialogo, uma necessidade de desabafar com alguém que ela se sinta acolhida e esse gesto percebemos que vem do próprio Jesus quando conversava com Nicodemos, zaqueu com a samaritana e com outro.
Temos que tomar consciência de que não estamos mais no período em a religião Católica estava no “auge” mas colocar na mente que estamos em um mundo diversificado onde cada um quer criar um tipo de “Deus” para saciar sua necessidade, o povo esta em busca da verdade por isso se utilizam dos meios que tem, este é o momento de avançar-mos para as águas mais profundas e mostrar que somos evangelizadores pelo amor, pelo esforço para que seja transmitida a sociedade a certeza que eles precisam para a sua vida cristã.
Deus não é elástico para que em todo lugar seja fundada um seita, sem um fundamento apostólico, e sim esta tornando o nome de Deus em meios de sobrevivência.
Luiz Fernando

A GRANDE LIÇÃO QUE O SOFRIMENTO PODE NOS OFERECER

No decorrer de toda a sua existência, o homem passa por momentos áridos de sofrimento e angústia. A filosofia e a psicologia, por muitas vezes, se debruçaram sobre tais assuntos, e muitas vezes chegaram ao ponto de afirmar que toda a vida humana é um enjôo, um sofrer contínuo. Essa tese filosófica pode ser observada dentro da perspectiva antropológica do pessimismo, que leva o homem a negar a existência de Deus e, conseqüentemente, mergulha na alienação.
A palavra da Igreja sobre este tema é mergulhada de profundo sentido e espiritualidade. Na sua recente encíclica denominada “Spe Salvi”, o Papa Bento XVI tece para a Igreja uma reflexão baseada na relação existente entre sofrimento e esperança. Diz-nos o Papa, que o sofrimento faz parte da existência do homem, e é derivado da nossa limitação e das nossas culpas. Assim sendo, podemos limitar os sofrimentos, mas não cancelá-los, já que esta anulação poderia levar-nos a uma vida vazia, onde experimentaríamos uma sensação de falta de sentido e de solidão.
É comum vermos em nossa sociedade, mesmo em templos que se denominam cristãos, uma falsa afirmação: “Pare de sofrer!” Prometendo desta forma uma vida absolutamente fácil e livre de toda forma de sofrimento espiritual e principalmente físico.
Assim, nos encontramos em um paradoxo: de um lado aqueles que, acompanhados de uma filosofia pessimista, têm o sofrimento como algo natural e, ao mesmo tempo, angustiante, com características masoquistas; mas também aqueles que pregam a teologia da prosperidade, certificando uma vida bem-sucedida e fácil, contrariando, assim, os ensinamentos e o exemplo do próprio Jesus, que não hesitou padecer sofrimentos para a nossa redenção. Ambos os lados correm os riscos de caírem no vazio preconizado pelo Papa.
É, pois, muito fácil, em meio a tantas formas de violências e sofrimentos, pregar um ‘niilismo teofânico’ em um mundo tão desiludido, bem como, também é muito fácil prometer um “deus” que se adeqüe às nossas necessidades. No entanto, esta não é melhor saída!
São Paulo, em sua carta aos Colossenses, nos diz: “Completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu corpo, que é a Igreja” (Cl 1, 24), mostrando que os nossos sofrimentos devem ser adicionados, como um complemento, às dores de Cristo. Essa soma de sofrimentos a Cristo é dada mediante a fé.
É também através dos sofrimentos que nos unimos a Cristo e consolamos as angústias dos outros, dando um novo teor para as angústias vividas pela humanidade, pois, conforme o exemplo do Senhor, a Cruz antecede a sua Ressurreição.
Que todos nós, em nossos sofreres cotidianos - grandes ou pequenos - saibamos reconhecer o exemplo do Servo Sofredor (cf. Is 53, 2-6) e repousemos em seu coração, carregando as nossas “cruzes” repletos de esperança, só desta forma venceremos as nossas angústias: em união com Cruz de Cristo.


Seminarista Everson Fontes Fonseca, Arquidiocese de Aracaju

Hegel quer dizer que o senhor não é senhor "em-si"

O Reconhecimento do outro atraves do “eu”
Buscar a morte do outro implica em arriscar a própria vida. Só arriscando a própria vida é que se conquista a liberdade. Só assim é que alguém se assegura de que a natureza da consciência de si não é o ser puro, não é a forma imediata de sua manifestação, não é sua imersão no oceano da vida. O indivíduo que não arriscou sua vida pode certametne ser reconhecido como pessoa, mas não atingiu a verdade desse reconhecimento como consciência de si independente.
O senhor é a consciência que é por si mesma, mas essa consciência, aqui, está além de seu puro conceito: ela é consciência para-si que é mediada consigo mesma por uma outra consciência, notadamente por uma consciência cuja natureza implica no fato de ela estar unida a um ser independente ou às coisas em geral. O senhor está em relação com esses dois momentos: com a coisa enquanto tal, objeto do apetite, e com a consciência cujo caráter essencial é a coisa externa. Uma vez que o senhor, enquanto conceito da consciência de si, é relação imediata do ser para-si, mas é simultaneamente mediação, em outras palavras, um ser para-si que só o é por meio do outro, ele se relaciona imediatamente com os dois e imediatamente com cada um por intermédio do outro. “O senhor tem, com o escravo, uma relação mediata em virtude da existência independente, pois é precisamente a ela que o escravo está preso, ela é sua cadeia e da qual não pode se desprender na luta, o que o levou a mostrar-se dependente, posto que possuía sua independência numa coisa externa”. Quanto ao senhor, ele é a potência que domina esse ser externo, pois provou na luta que o considera como puramente negativo; uma vez que ele domina esse ser e que esse ser domina o escravo, o senhor também o domina. Desse modo o senhor se relaciona com a coisa por mediação do escravo; este último, enquanto consciência de si, relaciona-se negativamente com a coisa e a ultrapassa; mas ao mesmo tempo a coisa é para ele independente e o escravo não pode, por meio de sua negação, chegar a suprimi-la; ele só faz trabalhar.
Em compensação, para o senhor, graças a essa mediação, a relação imediata torna-se a pura negação da coisa ou o seu gozo; aquilo que o apetite não conseguiu, ele o consegue; domina a coisa e se satisfaz na fruição. O apetite não chega a isso por causa da independência da coisa; mas o senhor, ao colocar o escravo contra ela e si próprio, só entra em contato com o aspecto dependente da coisa, fruindo-a puramente; deixa o aspecto independente da coisa para o escravo que a trabalha.
Hegel examina a relação de dois "eu" e a relação de cada eu com sua própria vida. O "senhor", aquele que é vitorioso no combate, aceitou arriscar a vida. Por conseguinte, ele é mais do que ela, por sua coragem colocou-se acima dos objetos comuns da necessidade e da existência empírica. O vencido, aquele que se rendeu, tem medo de perder a vida. Por conseguinte, ele é, de início, escravo da vida e de seus objetos empíricos. Torna-se tembém escravo do senhor que o conserva a fim de ler em seu olhar temeroso e submisso o reflexo de sua vitória, a fim de se fazer reconhecer como consciência.
Hegel quer dizer que o senhor não é senhor "em-si", mas por meio de uma mediação, isto é, uma relação. O senhor se define por sua relação com o escravo (e por sua relação com os objetos que depende, ela própria, da relação com o escravo). No ponto de partida, o senhor domina os objetos da necessidade, posto que no campo de batalha ele se mostrou corajoso, superior à sua vida, portanto, aos objetos das necessidades. Secundariamente, o senhor domina os objetos por mediação do escravo que trabalha, isto é, que transforma os objetos materiais em objetos de consumo e de fruição para o senhor.
Luiz Fernando

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

SALTO DA FÉ

*Por Manoel R. Pessoa Filho

A Teoria de Soren Kierkegaard sobre o “Salto da Fé” leva muita gente que ler filosofia e teologia a refletir esse grau de saída, de solução de inúmeros teoremas existências irresolutos, tipicamente a famosa “angustia” existencial com a qual a humanidade lida desde a gênese criacionista, desde que o ser humano indagou-se a si mesmo.
Na sua ótica o homem se reconhece finito enquanto parte e instante da realização de uma totalidade infinita que se satisfaz na infinitude. A consciência se colocando perante a isso e a seu destino, uma hora ou outra se angustiará, e claramente nenhuma matemática ou vacina pode lhe salvar, a não ser que se abra à fé, condão da existência, um “modo de existir”, assertiu o filósofo. Por conseguinte quando o homem ou mulher tem medo de escolher diante de um leque de possibilidades e de pecar contra Deus, a única saída capaz de amortecer antropológico-metafisicamente, o chá de “ambrósio”, é o Salto da Fé. Premissa esta que indica “passagem qualitativa”, brusca e sem mediação de uma categoria para outra ou de uma forma de vida para outra, da vida ética para a vida religiosa, de um estado de pecado para o plano subjetivo-místico da fé.
O próprio Kierkegaard na sua egrégria obra “Temor e Tremor”, ilustrou filosoficamente que o primeiro patriarca do povo de Israel, na passagem da razão para fé, esta que é transmitida de geração a geração, acentua o paradoxo existente, um dilema: obedecer à ordem divina (ganhar a posteridade), ou desobedecer a mesma, o que acarretaria com sua descendência, uma vez que matasse seu filho Isaac poderia torná-lo indigno de uma nação prometida, e ganharia apenas a vida., sem possuir argumentos capazes de justificar o ato sacrifical à luz da ética humana.
Sabe-se que a fé reúne a meditação e o êxtase, a busca interminável e a visão instantânea da Verdade. A crença, portanto, é agarrada da angústia, o temor de Deus é agarrado do tremor, naturalmente. Abraão de modo aparente possuía , por assim dizer, uma “cegueira santa”, que o salva das dúvidas, no labor e confiança, não na postura de herói trágico que se confia em si mesmo somente e é recompensado nesse solo transitório, mas como ginete da fé, resignado ao infinito, cultivando um silêncio fecundo, “inerme em opinar” e sua obediência ao seu Deus, no clímax de decisão, transcendeu a estética (não se estreitou a falatório ou vaidades ou a ideia de indivíduo que salva...), transcendeu a ética (a idéia do coletivo que salva) e deu seu salto, nada no vazio, na escuridão, reconheceu-se e reconheceu a potência de seu Deus na conseqüência de sua obediência.
Indubitavelmente ele temeu e também tremeu algo que é fruto das paixões humanas e da natureza insuficiente humana. Contudo a mais alta paixão de todo ser humano, a fé, é infalível e nada teme. Pode se dizer que com isso houve um recomeço, um reacender das chamas de sua consciência diante do Absoluto, para e com. Por fim, a fé é equivalente a salto. Ele não optou pelo infinito, o que é imortal.
Acadêmico do curso de Filosofia do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. Artigo proveniente das aulas de História da Filosofia IV, do profº Pe. Genivaldo Garcia. É um trabalho sem fins avaliativos.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mito de Édipo

Laio, Rei de Tebas e marido de Jocasta, vivia amargurado por não ter filhos, pelo que, decidiu consultar o Oráculo, tendo-lhe, este, advertido que filho que gerasse havia de o assassinar. Apesar das advertências, Jocasta engravida e Laio, quando o bebé nasceu, ordenou a um servo que o pendurasse pelos pés numa árvore, para que este morresse. Daí o nome Édipo (que significa pés inchados).
O servo de Laio, desrespeitando as ordens, acabou por colocar a criança num cesto e jogou-a ao rio, acabando este, por ser resgatado por um rei duma terra distante, que o elegeu como seu filho. Este, já homem, também consultou o Oráculo, o qual o aconselhou a evitar a sua pátria, pois iria ser o assassino de seu pai e marido de sua mãe. Desconhecendo as suas origens e pensando-se filho de Pôlibo e Mérope, reis de Corinto, Édipo decidiu partir rumo a Tebas. Durante o seu percurso, e no meio de uma encruzilhada, deparou-se com um velho com o qual manteve uma acérrima discussão acabando por matá-lo.
Chegado a Tebas decifrou o enigma da Esfinge (monstro com cabeça de mulher e corpo de leão), que impossibilitava a entrada na cidade, e como nunca ninguém o havia decifrado, a Esfinge jogou-se ao mar, tendo Édipo libertado a cidade da sua maldição. Creonte, irmão de Jocasta, havia prometido a mão desta a quem libertasse a cidade da Esfinge, ganhando assim, Édipo, o direito a casar com Jocasta, agora viúva.
Casaram, Édipo foi proclamado Rei e tiveram dois filhos e duas filhas, reinando sem grandes dificuldades, até ao dia em que se instala a peste na cidade e Édipo decide consultar o Oráculo, que lhe refere que a peste cessaria quando fosse expulso o assassino de Laio. Édipo dispôs-se a encontrá-lo, mas quando se apercebeu que ele próprio fora o assassino de Laio, seu pai, e o esposo de sua mãe, e vendo que apesar de fugir contra a profecia esta acabou por se realizar, arrancou os olhos e deixou a sua pátria.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Em Construção

Este, será em breve, o novo espaço do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, na Internet......... Todas as publicações do departamento de Filosofia e Teologia estarão aqui....... Sendo assim..... aguarde e em breve confira!!!!!!!!